Tratamento de Solo – Saiba quais os Três Principais Fitopatógenos no Brasil
No cenário agrícola brasileiro, enfrentar organismos fitopatogênicos é um desafio nos sistemas agropecuários. Três fitopatógenos de grande importâncias { Meloidogyne incognita (Meloidoginose; Nematóide-das-galhas), Rhizoctonia solani (Damping-off; Tombamento) e Pratylenchus brachyurus (Nematóide-das-lesões) } têm impacto significativo nos cultivos, requerendo estratégias eficazes de controle, em especial o tratamento de solo.
Nós do Portal dos Biológicos no Brasil abordamos sempre o conceito de sustentabilidade através do uso de produtos de baixo impacto ao meio ambiente, ao Homem e aos animais, como também o uso de métodos diversos que contribuem para o controle dessas espécies quando pragas.
O tratamento de solo engloba uma série de práticas e técnicas utilizadas para melhorar as condições do solo, controlar pragas e doenças, e promover um ambiente propício ao crescimento saudável das plantas. As estratégias de tratamento de solo variam de acordo com a cultura, as condições locais e os objetivos específicos, mas geralmente incluem aspectos como preparo do solo, correção de pH, adubação, controle de pragas e doenças, uso de cobertura morta, rotação de culturas, tratamentos biológicos, manejo da irrigação e controle de operação de máquinas e pessoas de uma área para outra.
Com ênfase ao tratamento de solo para controlar esses fitopatógenos, a estratégia pode envolver diversas abordagens, sendo algumas delas o uso de:
- Nematoides Entomopatogênicos (NEP): Conhecidos como Nematicidas biológicos, espécies de nematoides são capazes de parasitar esses fitonematoides, reduzindo suas populações no solo.
- Fungos Antagonistas: O uso de fungos antagonistas, como Trichoderma spp., pode ser eficaz. Esses fungos combatem Rhizoctonia solani, reduzindo sua incidência no solo e, consequentemente, os danos às plantas.
- Bactérias Benéficas: Bactérias benéficas, como Bacillus subtilis, podem ser aplicadas para controlar Rhizoctonia solani. Essas bactérias produzem substâncias que inibem o crescimento do fungo patogênico.
- Controle Biológico Integrado (CBI): A adoção de práticas de Controle Biológico Integrado, que combinam várias estratégias, como a rotação de culturas, uso de plantas de cobertura e manejo adequado do solo, pode ser crucial no controle desses fitopatógenos, contribuindo para a redução do chamado Fator de Multiplicação – FM.
- Manejo Cultural: Práticas como rotação de culturas, plantio direto e monitoramento constante do solo podem ajudar a reduzir a presença desses fitopatógenos.
- Tratamentos Químicos: Em alguns casos, tratamentos químicos, como a aplicação de nematicidas ou fungicidas químicos, podem ser considerados. No entanto, é importante usar esses produtos de maneira responsável e seguindo as orientações técnicas.
Ao longo de 2024 nós do Portal dos Biológicos no Brasil estaremos publicando uma séries de posts sobre o controle biológico, citando por exemplos os ingredientes ativos biológicos existentes no país capazes de controlar essas potenciais pragas nos agrossistemas. Dentre eles o extrato vegetal de Allium sativum, os produtos microbiológicos à base de Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus licheniformis, Bacillus thuringiensis, Bacillus velezensis, Paecilomyces lilacinus, Purpureocillium lilacinum, Pochonia chlamydosporia, Trichoderma harzianum e muitos outros.
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