Governo Federal lança plano para substituir vários agrotóxicos por bioinsumos
O governo federal divulgou nesta quarta-feira o Plano Nacional de Redução de Agrotóxicos. A iniciativa, que conta com o apoio do presidente Lula, visa gradativamente eliminar do mercado brasileiro substâncias altamente tóxicas, substituindo-as por bioinsumos.
Segundo o Portal dos Biológicos no Brasil, Bioinsumos, são produtos registrados e categorizados como macrorganismos, microrganismos, semioquímicos ou bioquímicos formulados por diferentes ingredientes ativos e que apresentam umas das classificações toxicológica e ambiental conforme apresentadas abaixo:
| Classificação Toxicológica |
| 4 – Categoria 4 – Produto Pouco Tóxico |
| 5 – Categoria 5 – Produto Improvável de Causar Dano Agudo |
| IV – Pouco Tóxico |
| Não – Não Classificado – Produto Não Classificado |
| Classificação Ambiental |
| IV – Produto Pouco Perigoso ao Meio Ambiente |
| Produto de Baixo Risco ao Meio Ambiente |
De acordo com o ministro da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, uma portaria será publicada em breve, listando as substâncias que terão seu uso proibido no país. O governo também prevê a criação de incentivos financeiros para estimular a adoção de bioinsumos pelos produtores rurais.
“O objetivo é fazer uma transição gradual, substituindo os agrotóxicos mais perigosos por soluções mais sustentáveis e saudáveis”, afirmou Teixeira. “Vamos mapear as substâncias que precisam ser banidas e oferecer aos agricultores as ferramentas necessárias para essa mudança.”
Segundo o Governo, o plano de redução de agrotóxicos está inserido no Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, que busca fortalecer a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis no Brasil.
O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral, reforçou a necessidade de alinhar as normas brasileiras com os padrões internacionais, garantindo que produtos proibidos em outros países não sejam comercializados no Brasil. “Nossa prioridade é a saúde da população e a preservação do meio ambiente”, afirmou Macêdo.
Segundo o pesquisador e editor chefe do Portal dos Biológicos no Brasil, Otávio Luz, o uso correto, seguro e responsável dos defensivos agrícolas promove a segurança alimentar e a sustentabilidade econômica dos sistemas agrícolas de produção. Ao mesmo tempo que a introdução de tecnologias dos bioinsumos deve ser incentivada, ainda temos importantes sistemas que dependem de moléculas altamente tóxicas para viabilidade econômica da produção, e que sua proibição deve ocorrer de forma inteligente e planejada para não por em risco a segurança alimenta”.
Como medida de incentivo à utilização de produtos biológicos de controle, nós do Portal dos Biológicos no Brasil definimos duas regras para considerar um defensivo agrícola como sendo um produto de controle biológico, e elas devem seguir duas regras de indicação conforme explicadas no post disponível neste link.
Fonte:
AGROFIT, 2024
GLOBO.COM
